Crimes Cibernéticos

A universalização da internet tem aumentado os crimes cibernéticos. Para a justiça os sites de redes sociais online não trazem novos crimes. Os crimes são os mesmos da nossa vida real ocupando o meio virtual. Foi preciso uma adequação em nossa lei para punir os crimes cibernéticos. Enquanto não existe uma lei específica, o código civil e o código penal são usados para punir os criminosos virtuais. Com tudo, as redes sociais online também têm ajudado a justiça a encontrar bandidos e grupos infratores através do monitoramento desse meio de comunicação. Crimes como: calúnia, ameaça, difamação, preconceito, invasão de privacidade, uso indevido de imagem e outros, são constantemente encontrados nos sites de relacionamento. Muitos ainda acreditam que podem escrever e se comportar como quiserem, sem consequências, simplesmente porque o meio virtual não é real. Mas isso tem mudado e as consequências são graves para quem usa estas redes de maneira indevida.

Estudo Antropológico

No trabalho de Antropologia escolhemos estudar uma comunidade homossexual e sua posição em relação à religião. Nosso objetivo é entender como esse grupo se comporta nas redes sociais e como trata a questão religiosa. Escolhemos este tema porque a comunidade gay tem passado por grandes mudanças, como: possibilidade de união estável, também chamado casamento gay, adoção de crianças por casais homossexuais, artistas assumindo publicamente que se relacionam com pessoas do mesmo sexo, entre outras. Entretanto, pouco se fala sobre a religiosidade do grupo. Quando esse assunto surge, costuma causar certo desconforto. Ainda é comum setores da sociedade discriminarem os homossexuais. Especificamente em relação à questão religiosa, há muito preconceito. Muitos ainda os julgam diferentes perante Deus, mas, devemos considerar que essa é apenas uma dentre muitas opiniões. É necessário abordar essa questão de forma não preconceituosa.

A antropologia tem o objetivo de estudar o ser humano como um “todo”, ou seja, tudo que envolve a cultura humana. Os estudos antropológicos observam aspectos biológicos, físicos, sociais, culturais e até filosóficos, que possam mapear comportamentos de um determinado grupo, procurando entender racionalmente os seres humanos, tanto pelo que são, quanto pelo que fazem. François Lapantine (2007, p. 16) define o foco da antropologia como o estudo do homem “em todas as sociedades, sob todas as latitudes, em todos os seus estados e em todas as épocas”. Através de complexos estudos, a Antropologia tenta compreender, por exemplo, a grande diversidade de crenças religiosas que os grupos humanos desenvolveram na tentativa de entender o mundo que os cercava.

Compreender como os homossexuais reagem à religião é um desafio, e vários estudos foram direcionados a este grupo, como: o que levou a essa opção sexual, é uma questão afetiva ou biológica? Quase nada sobre religião é comentado. Fazemos parte de um sociedade religiosa, e em contrapartida, nada é destinado a este grupo. Antes de mais nada, a questão do termo usado para designar a comunidade gay criou alguns problemas em sua escolha. Antes, o termo usado era homossexualismo. O prefixo “ismo” é usado para patologias, ou seja, exatamente como os gays eram considerados: pessoas doentes. Hoje, é, ou pelo menos deveria estar claro para todos, que não se trata de uma opção ou doença, e sim de uma condição. Por isso o termo foi mudado e hoje é usado “homossexualidade”.

Como metodologia escolhemos observar uma comunidade que possui mais de 10 mil seguidores. No entanto, encontramos dificuldade devido à temática “religiosidade” não estar muito presente entre os posts e as discussões. Por isso, para compreendermos melhor o que o grupo pensa acerca dessa questão, nos deparamos com a necessidade de conversar diretamente com alguns membros da comunidade.

Nossa pesquisa permitiu constatar que a comunidade “Homossexuais” no facebook é usada como um espaço de protesto sobre diversos assuntos. Dentre os mais comuns, estão fotos com frases que mostram a liberdade de expressão deste grupo. A fan page é curtida por 10.550 pessoas, seu público mais relevante tem entre 18 e 24 anos e é segmentado por região. São Paulo é o estado com maior número de seguidores e é incrível o crescimento da comunidade desde que começamos nossa observação. O número de pessoas curtindo subiu de 8 mil para 10.500 em menos de dois meses.

Em nosso período de observação foi possível perceber que predomina, entre os membros desta comunidade, os temas relacionados a relacionamentos, vida sentimental e autoafirmação. Assuntos como religião, uso de camisinha, posts institucionais não são tão populares quanto posts sobre amor, liberdade ou revolta. Um tipo de conteúdo deste chega a ser compartilhado por uma faixa de 230 pessoas de modo que seu efeito viral é gigantesco, com milhares de pessoas visualizando aquele determinado post.

A comunidade serve como um local de desabafo, em relação a religião, como pode ser percebido nos exemplos:

_“Interessante a religião ser contra maconha, gays e camisinha. Legal é tomar um bom vinho, ter preconceito e espalhar um pouco de Aids por aí … [Joyce Lima]”_

_“Você me diz que seu Deus é amor, por que então, o meu amor provoca o seu ódio?”_

Através de algumas entrevistas percebemos que vários homossexuais são Ateus, entretanto, existem aqueles que querem o reconhecimento e a opção de seguir uma doutrina sem julgamento. A luta pela autorização do casamento gay, um ato considerado “sagrado” por muitos, estava até recentemente, completamente excluído da realidade homossexual. Hoje, esses direitos são assegurados, não se trata de religião. Mas, além de direitos materiais, muitos prezam a questão da fé, então o preconceito de muitas religiões culminou o surgimento de diversas igrejas dirigidas por gays e para gays.

Fizemos algumas entrevistas e escolhemos as mais interessantes:

Através do Facebook conversamos com um homem de 27 anos, formado em medicina pela UFMG e gay.

1º Vc se considera de alguma religião?

– Não tenho nenhuma religião.

2º Como a Religião interfere na sua opção sexual?

– A religião não interfere em nada na minha sexualidade porque eu desconsidero a religião em qualquer aspecto da minha vida.

3º Você acredita em algum Deus?

– Não acredito em deus.

4º Sua família tem alguma religião?

– Minha família é católica, cresci como católico. Mas à medida que fui crescendo, estudando, passei a questionar algumas coisas.

5º Não acreditar em Deus teve algo a ver com sua opção sexual?

– Acho que desde uns 16 anos eu não acredito em nada. Minha orientação sexual influenciou o fato de eu não seguir nenhuma religião, mas com relação a ser ateu nao teve influência.

Outra entrevista que foi muito esclarecedora e que traz um homossexual, estudante de Letras pela UFMG e redator, mostra o lado espiritual de quem acredita em uma religião.

1º Você tem alguma religião? O que acha do comportamento das religiões com relação à homossexualidade?

– Sou espírita. Penso que quanto mais dogmática uma religião for, mais preconceituosa acaba sendo, pois se baseia em conceitos arcaicos, estudados de forma leviana e tidos como verdade absoluta, para julgar e condenar os que não seguem sua crença. Na Doutrina Espírita a condenação não existe, tão pouco o julgamento. Tomando por base o meu conhecimento espírita do tema, baseado por exemplo nos textos dos espíritos André Luiz e Emmanuel, mentor de Chico Xavier, a homossexualidade é uma condição evolutiva natural (no sentido de presente na natureza) e decorre de vários fatores, de ordem SEMPRE individual de cada espírito, construída ou escolhida pelo espírito, como algo necessário a ser vivido em favor de sua evolução. Podem ser fruto dessa necessidade de ter que viver tal fato, talvez para ser mais tolerante ou para reparar males cometidos no passado contra pessoas na mesma condição, etc. Em todo o caso, o julgamento e a condenação inexistem na doutrina dos espíritos.

Veja essa orientação:

Emmanuel nos esclarece a respeito dessa realidade no livro Vida e Sexo, cap.21: “através de milênios e milênios, o Espírito passa por fileira imensa de reencarnações, ora em posição de feminilidade, ora em condições de masculinidade, o que sedimenta o fenômeno da bissexualidade, mais ou menos pronunciado, em quase todas as criaturas.
O homem e a mulher serão, desse modo, de maneira respectiva, acentuadamente masculino ou acentuadamente feminina, sem especificação psicológica absoluta.”

Podemos compreender assim que todos os indivíduos trazem em sua intimidade a possibilidade de se sentirem atraídos e se apaixonarem por alguém do mesmo sexo (afinal de contas, a pessoa se apaixona por um indivíduo completo, e não pelo seu corpo apenas). Isso não significa que vá ou necessite viver essa situação.

O psiquismo atende e responde ao impulso do espírito, que é assexuado, mas que cumpre programas específicos em um ou outro sexo, conforme definição anterior e necessidade evolutiva, inserido em um contexto sociocultural que o limita na percepção e expressão do que vai em sua intimidade profunda.

2º Fique a vontade para comentar o que quiser.

– Creio que posso falar um pouco sobre o momento mais difícil e tenso para o homossexual: a hora de contar para alguém e da relação que isso cria com o mundo.

Logo que o jovem começa a perceber os sinais de sua verdadeira condição, os medos e conflitos passam a fazer parte de sua rotina. Seus amigos demonstram interesses diferentes do dele e de algum modo, ele sabe que seus desejos não devem ser revelados para eles. Tenta esconder, lidar com isso de uma maneira própria, até que a necessidade de contar a alguém fale mais alto. Mas a quem contar? O medo é de que os amigos se afastem. O medo é de ouvir dos pais uma censura, uma reprovação, de ser taxado como “decepção.” Entre os 13 e os 19 anos talvez seja a pior época. Seu caráter e seus valores estão sendo formados, testados e consolidados e, no entanto, esse conflito interno está ai para atrapalhar seu julgamento. Na maioria dos casos a pessoa assume para ela primeiramente. Isso ajuda, não resolve tudo, mas ajuda. Ela passa a buscar seu lugar no mundo. Quer conhecer os seus iguais, o mundo gay, sempre retratado como “o seu.” Alguns lidam com isso maravilhosamente, se fortalecem e evoluem a ponto de ter coragem para enfrentar a situação. Mas outros caem, em meio aos
vícios, em meio ao sexo fácil e às más companhias. Adotam uma postura caricatural, que parece gritar: “sou gay e me aceitem como sou!” Buscam chocar, fazer barulho, se expressar de algum modo, para ver se são percebidas pelo mundo e talvez, respeitadas ou ao menos, deixadas de lado. Aqueles que não lidam tão bem com a situação podem ainda se relacionar com pessoas do sexo oposto, vivendo, por pressão de família e amigos, relacionamentos falsos. Muitos se casam e constituem família, mas invariavelmente caem na condição de querer satisfazer seus desejos mais ocultos. Traem a esposa com outros homossexuais. Um dia, já mais velhos, se tiverem coragem, são capazes de se assumir publicamente. Outros levam para o túmulo uma vida de mentira, marcada por conflitos e tristezas. Ninguém que não seja um homossexual sabe o que ele passa. Sua vontade de poder expressar seu amor para o mundo, de andar de mãos dadas, de frequentar determinados lugares, de não ter que viver sob a máscara do que é socialmente aceito, vem sempre abaixo da necessidade de se preservar. Não são pobres coitados, mas são seres humanos que estão longe da imagem propagandada de alegria 100% do tempo. Há alegria, há cor, mas na maioria das vezes, o tom é cinza, principalmente quando estão sozinhos, olhando para dentro. Mas apesar de tudo, uma imensa maioria continua ai, ainda oculta, ainda sem se revelar ou já bem resolvida quanto a isso, mas tentando levar uma vida digna e honesta. O que mais importa não é a aceitação, é o respeito. Respeito posto de lado por grupos radicais onde o fanatismo cega a razão e
obscurece o julgamento. Mas apesar de tudo, de medos, de dor, de preconceito, apesar de todas as tristezas que possam carregar, os homossexuais são filhos do mesmo Deus, não o que julga e condena ou é falho a ponto de permitir que seus filhos nasçam sob essa condição para sofrer, mas o que é causa primária de todas as coisas, princípio inteligente e soberanamente bom e justo. Um Deus que os ama e fortalece a cada dia.

Considerações

Portanto, chegamos a conclusão que muitos dos integrantes do grupo observado se dizem revoltados pela discriminação da sociedade em relação à sua opção sexual, porém também existem os que lutam pelos seus direitos esclarecendo dúvidas, expondo o que é a homossexualidade, que não se trata de libertinagem. Até porque libertinagem existe em qualquer condição sexual, seja homo ou hétero. Tudo que eles querem é deixar claro que, assim como os heterossexuais, desejam ser felizes com quem amam, constituir família, ter os mesmos direitos de qualquer outro casal, serem aceitos diante de toda a sociedade e assim também ter o seu espaço na religiosidade, buscando a quebra do preconceito do casamento gay.

Um exemplo dessa luta contra a homofobia é o grande movimento da parada Gay de São Paulo, que é considerada a maior marcha gay do planeta, que surgiu em 1996, com 1 milhão e meio de pessoas e desde então só vem crescendo. O slogan do evento em 2012 foi: “Homofobia tem cura: educação e criminalização – preconceito e exclusão fora de cogitação”. Após terem a validação da união civil estável pelo Supremo Tribunal Federal, a luta é para criminalizar a homofibia com o projeto de lei 122/2006.

Este vídeo, feito em 2004 – originalmente com o nome “EPIC 2014” – foi criado pelos jornalistas americanos Matt Thompson, do Star Tribune, e Robin Sloan, da emissora de TV por satélite Current. É interessante pensarmos que para termos um futuro melhor com a internet (com um conteúdo mais útil e democrático) ou um futuro pior (cheia de informações superficiais ou falsas) depende do rumo que dermos a ela desde agora.

EPIC 2014

Redes Sociais

REDES SOCIAIS ONLINE

As Redes Sociais online vieram transgredir diversas regras herdadas do modelo linear de comunicação influenciados pela transição modernidade e pós-modernidade. Como uma anomalia os avanços tecnológicos revelaram a real condição da comunicação, encarando-a como algo social e não como teoria matemática. Gregory Bateson (1972) já considerava a comunicação como humana, histórica e complexa, diferente do modelo linear da época. De modo que alteraram a lógica comunicacional de um-todos para todos-todos. Como o emissor era quem somente participava, hoje com essas novas tecnologias houve uma mudança onde todos participam de alguma forma. Podemos nos arriscar a dizer que a publicidade atual é extremamente e excepcionalmente uma troca. A empresa que não se adéqua aos novos moldes da comunicação não vai conquistar seu público. Hoje o que se quer é ser ouvido, respondido e participar, se existir algum problema, que ele seja solucionado. As empresas têm que tomar muito cuidado com o que falam, em como tratam seus consumidores e o que pode ser interessante para eles. Muitas vezes o cliente insatisfeito tira a credibilidade da marca simplesmente por postar algo no Facebook que não o agradou. As pessoas confiam muito na opinião umas das outras. Um elogio traz para si muitos outros clientes, mas também uma reclamação pode desvincular outros mais. Por isso, as formas de fazer publicidade devem ser de maneira a ganhar a simpatia do público deixando de lado o espaço comercial.

As redes sociais online são um projeto do novo paradigma que mais abrange suas principais características como: interatividade, tribalismo, permissão, móbile, co-criação e outros. Esta interface possibilita um enriquecimento social, qualquer pessoa é capaz de apropriar-se e também disponibilizar conteúdos na web 2.0. São pessoas diferentes que se reúnem em torno de algo comum, a interação. Isso mudou a condição do mercado publicitário quando passa a ser necessário considerar o contexto em que o público está inserido. O receptor deixa seu lugar “passivo” sem importância para ser alvo de estudos e estratégias dos publicitários. Essa nova geração assumiu uma postura diferente, onde participam efetivamente e colocam opiniões nesse novo espaço, fazendo com que se tornem disponibilizadores de informação. Esta interface contém dados valiosos sobre seus usuários. As formas de pesquisas para selecionar públicos ganhou dados qualitativos através das redes sociais. É possível extrair informações que uma pessoal talvez nunca informasse por meio das pesquisas tradicionais. Este canal não é visto apenas como um meio de fazer publicidade mais um meio de se fazer laços e relacionamentos.

De acordo com Bauman (1999, p.102) “Os consumidores dos tempos modernos, avançados ou pós-modernos são caçadores de emoções e colecionadores de experiências.” Com essa nova percepção de interatividade mútua, o convencer, persuadir e apenas transmitir mensagem não causam mais impacto no público e passa-se a trabalhar um novo método de comunicação nos anúncios, modificando por uma publicidade mais hegemônica, no qual entreter, envolver e informar possibilitam mais aceitação e compatibilidade do anúncio entre a sociedade. Por isso vem o foco da publicidade e propaganda em redes sociais, a interação da rede torna-se possível uma segmentação maior do seu público alvo, permitindo com mais facilidade a observação aos vários tipos de perfis e comportamentos de diferenciadas comunidades socioculturais. Com essa aproximação quebram-se barreiras entre emissor e receptor, os profissionais buscam “dar ouvidos”, liberdade de interação aos clientes e apresentar os valores da empresa para estimular emoções, culminando no fortalecimento de laços e fidelização com o consumidor.

Marca e consumidor estão se tornando amigos. Os posts de grandes marcas no Facebook, por exemplo, estão criando vínculos com as pessoas; como a página do Ponto Frio ou da Skol. Elas interagem com um “bom dia”, com imagens engraçadas, novidades, promoções, e isso começa a fazer parte da rotina do usuário. Promoções também têm se tornado algo presente nas redes sociais, gerando interatividade e a possibilidade de angariar novos clientes.

As redes sociais possibilitam que você divida com o outro os mesmos interesses, isso faz com que essas comunidades sejam um amontoado de experiências e troca de informações. Pela tela de um computador pode-se conhecer o mundo, e através dele conhecer novas pessoas, novas culturas, novas marcas. Existe também o lado de que muito do que se diz na internet não seria dito pessoalmente. As pessoas ficam mais corajosas, e segundo o que vimos nas aulas da Jaqueline, somos atores sociais. Nós atuamos e isso não quer dizer que não sejamos nós mesmos, mas algum lado de nós é potencializado, permitindo que possamos ser mais “verdadeiros”.

Com a utilização intensa dos consumidores nas mídias sociais, a nova tecnologia mercadológica trouxe fatores positivos para as empresas. Além das divulgações serem gratuitas e de segmentar as informações para um público mas específico, as Redes como Facebook, Orkut, LinkedIn, Twitter, Youtube, Flickr, Bloggler, Windows Live, por ser um ambiente que agrega conhecimento e troca de informações, torna-se um objeto comum e popular entre a sociedade. Portanto a oportunidade de disseminar a comunicação em massa auxilia muito no desenvolvimento de divulgação da empresa. Com essa facilidade de compartilhamento de um dado conteúdo entre outros, as empresas têm como estratégia fazer um anúncio “VIRAL”, em que o objetivo é causar rumores entre as pessoas, infectando a população para produzir aumentos exponenciais em conhecimento da marca. Porém, essas estratégias podem causar também aspectos negativos, acarretando problemas para a marca. Com a exigência dos consumidores, as redes sociais fazem também com que reclamações possam ser mais vistas entre todos. O risco de dar abertura à liberdade de expressão dos clientes pode gerar transtornos com um simples comentário errado ou uma publicidade mal elaborada, descredibilizando os valores da empresa. Outros pontos negativos é que as empresas tem que saber escolher os veículos sérios e que de forma alguma possam causar desconforto para o seu público, não enviar emails(span) indesejáveis. Tem que fazer com que os usuários se sintam mais participativos, criando promoções, charadas ou brincadeiras, fazendo com que eles próprios procurem as informações postadas pelas empresas.

Deste modo, podemos concluir que as redes sociais apresentam mais pontos positivos do que negativos para a sociedade, e que é uma grande ferramenta para os publicitários. Nosso grande desafio é adequar a comunicação á esta nova realidade digital. As empresas precisam superar o modelo antigo de comunicação e parar de repassar o conceito velho para as mídias digitais achando que estão fazendo nova comunicação. A publicidade nunca esteve tão próxima dos consumidores como agora, a vantagem disso é que podemos ouvir nossos consumidores através dessas redes e alcançar grandes resultados.

O Novo Paradigma da Comunicação

 

Na contemporaneidade, a comunicação está se modificando. As novas mídias têm mudado a lógica comunicacional e as simbologias trocadas por meio delas.

Por toda a história, vemos uma constante evolução da sociedade e seus processos comunicacionais. Mas por volta da década de 70, após a 2º Guerra Mundial, passou-se por uma crise cultural. A sociedade percebeu que as promessas da modernidade de liberdade, igualdade e fraternidade não cumpriram seus papéis. Devido ao desencantamento os grandes discursos políticos e religiosos perderam força. Esta situação mobilizou filósofos, sociólogos e antropólogos na busca em estabelecer os novos paradigmas da comunicação. Este momento de incerteza fez com que os grupos sociais estabelecem suas próprias metodologias. A sociedade universal acabou, a comunicação vive o desafio de falar a mesma coisa de formas diferentes para grupos diferentes.

Zigmunt Bauman (1999) define esta nova sociedade como “pós-moderna” ou “líquida” a qual toma a forma que é colocada. A comunicação deixa de ser considerada ciência exata para ser ciência humana, levando em conta as particularidades e diversidades das pessoas.

No séc. XX o modelo de comunicação 2.0 foi uma forma de suprir certas necessidades desta nova sociedade. Possibilitar o upload e Download permitiu uma interação entre os agentes que deixam de ser univalentes para se tornarem multifacetados. Os canais de acesso via internet como: Youtube, blogs,redes sociais, sites com Wikipédia, fóruns e chats são interfaces que permitem o encontro dos mais diversos grupos da sociedade possibilitando a globalização da informação.

A internet causou uma desterritorialização das relações comunicativas e socioeconômicas, ou seja, por meio destas interfaces a comunicação rompe distâncias geográficas e liga pessoas que possivelmente nunca se conheceriam sem esses meios. A cibercultura viabiliza múltiplos agentes em tempo real, colocando todos em um mesmo nível de co-criação. “A comunicação deixa de ser transmissão e passa a ser exibições a interpretações de livre arbítrio”.

As redes sociais estão repletas de informações como, preferências, hábitos, rede de amigos, de consumidores, potencialmente formadores de opinião. Estas informações tornaram-se importantes para mapear os diferentes grupos que constituem a sociedade pós-moderna e se tornam valiosas às marcas uma vez que a opinião de um usuário é fundamental na decisão e opinião dos demais. É necessário avaliar o contexto que estas pessoas vivem para definir estratégias de comunicação. Os agentes da pós-modernidade escolhem as informações que vão receber, são mais exigentes e conhecem seus direitos. “A comunicação deixa de ser transmissão e passa a ser exibições a interpretações de livre arbítrio.”

O avanço tecnológico interferiu diretamente no processo de comunicação. Estas mudanças têm como estrutura os novos modelos de mídias, que permite o acesso de forma rápida e dinâmica a informação. Servindo de exemplo: a internet causou uma desterritorialização das relações comunicativas e socioeconômicas. Usada por grande parte da população, viabiliza múltiplos agentes em tempo real, diminuído a distância entre o autor e o leitor, colocando todos em um mesmo nível. Estas mídias tomaram tamanha proporção que mobilizou as grandes, médias e pequenas organizações a usufruir de seus benefícios. A diversidade de públicos que se encontra nas redes é uma fonte valiosa para o setor econômico.

A capacidade de troca possibilita absorção de diferentes assuntos, informação e conhecimento, gerando uma sobrecarga de informações gigantesca na mente das pessoas. Tudo está se tornando interativo, se encaixando nos novos parâmetros de troca. Na arte por exemplo, o público já não mais observa a obra de arte e não a enxerga mais como algo intocável. Hoje ela permite o contato, como as obras de Hélio Oiticica. Até a política, tão tradicional, aderiu à essa nova maneira de comunicar com a campanha de Obama que utilizou a web, mais precisamente as redes sociais, para atingir seu público. Foi uma atitude inteligente, que rendeu a presidência ao candidato.

A linguagem da web é mais dinâmica e a mensagem tem que chamar a atenção. Diante de tanto conteúdo circulando pela rede, aparecer é um dilema, uma vez que aquilo que foi falado tem que ser interessante e causar a vontade de “clicar”. E para conseguir essa iniciativa percebe-se que as pessoas estão cada vez mais sensoriais e querem algo fácil, rápido, pois a informação é efêmera. Uma vez vista e replicada é esquecida. Então aparece mais uma enxurrada de informações, replicação das mais interessantes e depois o esquecimento. Mas apesar do esquecimento, alguma coisa foi decodificada e absorvida.

As principais dificuldades para se compreender a comunicação atual, é o fato dela corresponder a um movimento transnacional que se incorpora a tendência da globalização.
A comunicação está vinculada as grandes corporações multinacionais. Por esse motivo pode-se considerar que o maior desafio é a busca de novos significados para a evolução das comunicações, caracterizadas pelos seguintes fatores: a industrialização crescente das informações e da cultura, mediatização das trocas por dispositivos técnicos, exagero das estratégias de comunicação à disposição das grandes organizações, constituição de grandes grupos de comunicação “plurimidiáticos”.
Esses fatores acabam gerando dificuldade para a população de se apropriar e se beneficiar desses avanços.

As grandes preocupações dessa era são a pirataria, a perda da capacidade de ler e escrever dos jovens, perda da herança cultural e as mudanças de paradigmas. Porém, já estamos contaminados com a nova era da comunicação, onde a troca de informações acontece a todo o momento por vários canais. Como estamos percebendo, não existe mais a possibilidade de voltarmos a alugar filmes, comprar CDs, se temos tudo disponível grátis e de forma confortável, dentro de casa. A mídia, os artistas e toda a comunidade que vive da venda de produtos que estão em fase de término, têm que buscar novas alternativas para conseguirem lucro com o seu trabalho.

Segundo o Professor Carlos Monteiro, um futuro bem próximo está chegando com a Sociedade 3.0, que teria como impulsionador as mudanças aceleradas, globalização permanente e a sociedade inovadora, alimentada pelos trabalhadores criativos, inovadores, habilitados a exercerem quaisquer papéis em funções específicas. Também com o surgimento de tecnologias convergentes, como a nanotecnologia, biologia molecular, realidade virtual, robótica, inclusive transformação social. Essa sociedade está se transformando em trans-humanos e em poucas décadas espera-se que ela gere pós-humanos dentro dos campos da ficção-científica, da futurologia, da arte contemporânea e da filosofia. Algumas ferramentas, como o celular, se tornaram extensões do nosso corpo uma vez que ele nos acompanha em todo e qualquer lugar.

É de grande importância que os jovens de hoje participem de um mundo cada vez mais globalizado. A sociedade abriu um grande espaço para o conhecimento e a informação. Os jovens se empenham cada vez mais em tarefas criativas, ainda contribuem em todos os níveis econômicos, porém através de uma melhor distribuição de esforços do que no passado.

O mundo passa por tantas mudanças que não sabemos qual delas será para sempre, ou pelo menos irá durar por mais tempo. Para Bauman uma coisa permanecerá: Por causa das relações e conexões nas sociedades por meio da comunicação globalizada, o mundo tornou-se pela primeira vez um único país, (em certos aspectos). Estamos em uma situação irreversível, mesmo que você não saiba algo que aconteceu na Malásia pode influenciar em nossas vidas aqui em minas, o que chamamos de efeito borboleta. As novas formas de tecnologia e informação se tornaram centrais na transformação de uma sociedade, de modo que é cada vez mais difícil viver sem estes recursos.

A História da Comunicação – 5º Episódio

 

” Pós-orgânico – Pós-humano – Pós-biológico”

Com o avanço e o grande desenvolvimento das tecnologias digitais, o meio de informação e comunicação vem mudando toda a cultura da sociedade. O que antes estava disponível apenas para empresas e organizações a microinformática através do PC agora toma outro formato e está acessível a todos.

O homem começa uma busca para atingir a perfeição da virtualidade, do PC (personal Computer) para o CC (computador coletivo) foi um grande avanço da sociedade. Mas agora estamos na era do CCM (computador coletivo móvel) o objetivo é manter a sociedade conectada através dos aparelhos de celular, notebook e tablets em qualquer hora em qualquer lugar.

“A cidade contemporânea torna-se, cada vez mais, uma cidade da mobilidade onde as tecnologias passam a fazer parte de suas paisagens (Furtado, 202; Puglisi 1999; Horan, 2000)”. Nos tornamos uma sociedade da conexão, da comunicação ubíqua, a famosa geração Y que é movida pela tecnologia e conexão as redes.

O novo conceito não é que o usuário procure pela internet, mas, que a internet vá até o usuário através das redes Wi-Fi e dos aparelhos mais modernos. Isso tem permitido a inversões de papeis na sociedade, qualquer tele-espectador pode tornar-se reporte de estiver com um aparelho celular em mãos na hora de um acontecimento importante.

Estes aparelhos têm tomado grande importância em nossa sociedade. A partir dos avanços tecnológicos a ciência vem testando sua eficiência em suprir necessidades humanas. A portabilidade do tecnológico para o humano é algo que vem apresentando muito sucesso. A Web 5.0 mudou a história da sociedade, todos os conceitos, filosóficos, sociais e até religiosos que tínhamos estão sendo questionados e revistos.

Vale apena analisar até onde esta mudança trará evolução ou a degradação social. Enquanto publicitário vale acompanhar as mudanças para resistir a era da informação. Usar a inteligência artificial das máquinas com criatividade humana para potencializar nosso trabalho.

A História da Comunicação – 4º Episódio


 

“Individualização – Comunicação Customizada – Sociedade Pós-industrial”

A linguagem scripto e audiovisual (hipermídia) é suportada pelas mídias desde as mais simples até as mais modernas. As ideias eram exteriorizadas através da comunicação gestual, desenhada e posteriormente falada. Dessa maneira, o homem conseguiu passar tudo aquilo que sentia por meio da comunicação, o que, de certa maneira, fez com que o homem conseguisse atingir todos os sentidos. Inicialmente, o homem era a própria comunicação (homem-mídia), descobriu que podia se comunicar e isso fez dele um animal racional. Surgiu então a imprensa, a TV, o rádio, o jornal, o cinema, o que fez com que a informação mudasse completamente. Hoje a comunicação não é apenas uma forma de se expressar, mas também um meio de transitar todo tipo de informação e fazer dela uma forma de construção de informações coletivas, por meio das quais cada um pode opinar, acrescentar, ou seja, modificar o que está sendo falado. Antes o emissor era apenas um, com vários receptores diferentes. Isso tornava a comunicação uma via de mão única, sem qualquer interatividade. Mas, com o termo “Emerec”, criado por Jean Cloutier, podemos perceber que hoje, emissor e receptor são um só. A informação é criada e logo repassada, ganhando contornos diferentes, afinal as pessoas têm bagagens distintas. Com isso, a informação vai sendo modificada pelos formadores de opinião e repassadas novamente por quem tenha interesse sobre o assunto. E é aí que entra a customização da informação, pois as pessoas podem escolher aquilo que querem ressignificar antes mesmo de receber tal conteúdo.
Os avanços tecnológicos possibilitaram às pessoas de formarem seu próprio conteúdo, selecionando aquilo que interessa do que é relevante. Existe a opção de escolha do que se quer acessar, ou seja, a democratização da informação na web. Os jornais, a TV, o cinema foram os precursores, mas a web permite que isso ocorra em tempo integral e real por todas as pessoas que têm acesso a ela. Não se limita às grandes mídias, como a TV. Hoje os detentores do poder somos nós, porém, em alguns aspectos ainda não sabemos utilizá-las para o que é relevante.
A interatividade gera a fusão do sujeito-objeto, o espectador interfere, modifica e co-cria a obra com artista. No entanto, a interação reativa refere-se a um sistema fechado, na qual a comunicação é limitada quanto às figuras emissoras e receptoras. O receptor possui um grupo de possibilidades de escolhas e não a permissão para intervir na “criação”. Os programas de Reality Show geram uma interatividade reativa, pois os participantes ouvintes podem optar por meio de votos, mas conforme a abertura determinada pela mídia. Dessa maneira os usuários optam por aquilo que já está determinado.
Atualmente, o avanço da tecnologia e dos meios de comunicação, a memória coletiva tem sido bastante estimulada, uma vez que as informações são mais fáceis de serem passadas por meio da interatividade, permitindo, assim, que o ser humano conceba criações já realizadas. De acordo com Halbwachs (2004) a memória individual, construída a partir das referências e lembranças próprias do grupo, refere-se, portanto, “a um ponto de vista sobre a memória coletiva”.

A História da Comunicação – 3º Episódio


 

“Amplificação – Comunicação de Massa – Sociedade de Massa (moderna)”

Através de um engenhoso mecanismo de reprodução da escrita, a comunicação dá um salto par a disseminação do conhecimento. Enquanto no episódio anterior a leitura era destinada a poucos, o mecanismo de reprodução atinge diversas pessoas e sociedades ao mesmo tempo.
Graças a um homem chamado Johann Gutenberg de Mainz, o mundo ganhou a máquina de prensar. De nacionalidade alemã, Gutenberg, começou a trabalhar com xilogravuras sacras. A partir daí, em meados de 1436, juntou-se com João Riffe, Dritzsehen e Heilmann e formaram assim uma empresa. Foram criados tipos móveis com letras primeiramente em madeira e depois em metais, com isso facilitando a produção em maiores escalas e causando a difusão pela multiplicidade. Em meados de 1830, começaram a ser impressos os jornais, que até hoje são usados. O primeiro livro produzido em massa foi a Bíblia de quarenta e duas linhas. Essas invenções não pararam mais de evoluir, aumentando cada vez mais o nível intelectual da humanidade e também contribuindo na evolução tecnológica.
O século XIX tinha como veículo de comunicação a imprensa. Nele, houve uma grande mudança de perspectiva quando começaram a surgir diversos meios de veiculação e propagação da informação, através do cinema e da telegrafia sem fio. Esses meios tiveram grande impacto na sociedade. A massificação de um determinado conhecimento criava preferências homogêneas nos grupo. A indústria aproveitou esse poderoso mecanismo para transmitir interesses do Estado, da Igreja e poderosos, porque o público só recebia a informação. Entretanto, essa grande propagação de informação através da comunicação de massa, levou ao enriquecimento intelectual da população, porque mais pessoas tinham acesso a informações. Possibilitando a análise dos assuntos e crescimento da sociedade.